Conforme já foi amplamente divulgado pela mídia, Conrad Murray, o médico que permitiu a morte de Michael Jackson, foi condenado a pena máxima que a lei norte-americana prevê para um caso de homicídio onde não se existe a intenção deliberada de matar (homicídio culposo). Porém, podemos nos dizer satisfeitos e seguros de que a justiça foi feita? NÃO!
"Cem anos não seriam o suficiente" afirmou Jermaine Jackson, após ouvir a sentença do juiz Michael Pastor, quando ele dizia que não poderia condenar Murray a mais do que quatro anos de prisão, porque este era o tempo máximo previsto pela lei para este tipo de crime. Acontece que a lei norte-americana, famosa por ser justa e até mesmo cruel com os condenados (quando os condena a morte, por exemplo), é muito branda para o homicídio culposo. Até mesmo a ponderada Katherine Jackson, mãe do cantor, pareceu insatisfeita com a duração da pena: "Quatro anos não é o suficiente pela vida de alguém”. Porém, não ousou dizer nada contra a sentença: “Isso não irá trazê-lo de volta, mas, pelo menos, ele pegou a pena máxima. Eu acredito que o juiz foi muito, muito justo".
Resignada com a leviandade da lei de seu país, Katherine ainda assumiu uma atitude bastante positiva ao declarar que acredita que "tudo correu bem. O juiz lhe deu a máxima, então agradeço ao juiz e agradeço aos promotores". Mas, para nós brasileiros, sabemos que se o crime tivesse acontecido aqui no Brasil, a história seria outra.
E, com certeza, nesta história, o sentimento de justiça seria um pouco mais pleno.
Apesar de que nossa justiça e nossas leis não dispõem da mesma credulidade das praticadas nos EUA, nós do Fan Fit acreditamos que este tipo de crime seria punido de forma mais justa por aqui do que por lá. E isto não se trata apenas por conta do tempo de duração da lei: Se ficar preso é ruim, comparando com a situação de nossas penitenciárias, ficar preso em uma prisão norte-americana já é bem menos ruim do que poderia ser.
Ainda mais que, graças a uma lei que começou a valer a partir de outubro deste ano, Murray, por ser réu primário, terá que cumprir apenas metade do tempo que foi estabelecido pelo juiz. E mais: por não ter usado armas de fogo ou violência, o mesmo terá a oportunidade de gozar deste pouco tempo de prisão em sua própria casa! É quase um afronta a toda sociedade americana e todos os milhões de fãs do rei do pop de que o cara responsável pela morte dele tenha como punição ficar preso em casa por apenas dois anos!
Aqui no Brasil, além das condições precárias de nossas prisões, a pena mínima para o mesmo tipo de rime seria de seis anos, dois a mais do que o tempo máximo de prisão nos Estados Unidos. Se, assim como ocorreu por lá, ele pegasse a pena máxima brasileira, seriam vinte anos de prisão ao invés dos quatro que ele teve, cinco vezes mais tempo de prisão.
É claro que, com as brechas da lei e as políticas nacionais para redução das penas, aqui no Brasil ele poderia cumprir, de fato, menos da metade do período a que foi condenado, porém, este tempo de prisão ainda seria bem maior do que o que ele vai cumprir de fato em seu país de origem.
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