Ai, ai, o Rock In Rio mal acabou e já está fazendo falta! A cada dia uma emoção diferente no palco, cada dia com um show melhor do que o outro. Cada uma das últimas apresentações dos últimos dias dava a sensação de que era o melhor show do festival. Terminar com um show épico do Iron Maden foi perfeito. Que bom que o Brasil tem produtores com habilidade de realizar um evento capaz emocionar tanto com apresentações de tão alto nível! Já estamos ansiosos para o que virá em 2015, mas por hora, vamos falar um pouco sobre como foram os principais shows deste último final de semana.
A sexta começou com a banda The Gift, que fazia um show interessante, até que o Afrolata entrou e aí a coisa mudou de figura, ganhando mais cores, movimentos e deixando a apresentação do The Gift muito mais interessante. Realmente ficou curiosa a junção destas duas bandas com sons tão distintos, mas que, juntas, foram capazes de fazer um som muito melhor do que cada uma individualmente.
Em seguida foi a vez da Mallu Magalhães subir ao palco junto com a banda ouro Negro e fazer o show mais tedioso de todo o festival.
No palco mundo, Frejat abriu a noite com um show que realmente movimentou a galera. Ele cantou seus maiores hits e também as suas composições que bombaram na voz de outras pessoas, como foi o caso da música "Quem sabe eu ainda sou uma garotinha" que explodiu na década de 1990 na voz da Cássia Eller. O público cantou esta e outras tantas músicas a plenos pulmões.
Nickelback detonou com a sua apresentação, sendo o segundo melhor show da noite, e deixou a galera do RIR no ponto certo para receber Bon Jovi no palco.
John, vocalista do Bon Jovi, mostrou no palco o porquê de ter tanta fama. Mesmo produzindo rock, ele tem o poder de comandar a platéia, de interagir com ela como poucos. John é tão atencioso com a platéia que ele até mandou subir no palco uma de suas fãs, que havia feito um cartaz todo especial para ele, onde ela afirmava que havia estado em todos os shows dele aqui no Brasil e que ele já até a havia chamado para subir no palco uma vez. Uma vez que esta fã estava ao lado dele, ele mais do que fofo com ela, posando para fotos, fazendo ela cantar junto, abraçando e... o que, com certeza foi o mais importante para ela, dando dois selinhos na fã! Imagina que sonho!
O sábado foi o dia mais fraco no palco Sunset, não recebendo nenhum grande destaque do Fan Fit, a não ser o show do Lenine que, como de costume, é ótimo!
No palco mundo, o Skank abriu a noite e deu uma verdadeira aula de como se prepara um setlist para um festival de música: Com os seus maiores hits e muita atitude. A crítica especializada detonou o show porque, das 14 músicas apresentadas, 10 haviam sido executadas na passagem da banda pela edição anterior do Rock In Rio, em 2011. Mas nós discordamos deles, porque o Skank não lança álbum novo desde 2008, então como eles poderiam apresentar algo novo? Além de que, em um festival, você tem é que agitar a galera, ainda quando se está abrindo um palco, e isso eles fizeram com maestria.
John Mayer era, provavelmente, o artista mais aguardado da noite, e fez um show que cumpriu com as expectativas. O povo se abraçou e cantou junto as canções que ele entoava, porém, como de costume, seu show não apresenta grandes coisas para se ver no palco.
Após Mayer foi a vez de Bruce Springsteen & The E Street Band. E o que falar de Bruce? Em primeiro lugar, ele é um sessentão (63 anos) que fez um show de quase 3 horas de duração, com um pique altíssimo, com músicas altamente agitadas e com uma alegria tão contagiante, mas tão contagiante que não é possível de se explicar como é que ele conseguiu fazer todo mundo sair de seu show com a energia tão pra cima. O show foi tão bom que as três horas se passaram como se tivessem sido apenas uma hora e meia de show, o cara tem tanta qualidade que se ele quisesse ter ficado mais tempo no palco, o povo continuaria aplaudindo! Perdeu o segundo melhor show de todo o festival quem vazou do Rock In Rio após o show do Mayer!
No domingo nós vimos mais um dia que fazia jus ao nome do evento... era "dia de rock, bebê". André Matos abriu a noite junto com a Viper e conseguiu um público tão grande que superou o recorde de público para o primeiro show alcançado na quinta. A apresentação fez jus ao tamanho do público.
No palco mundo, o Avenged Sevenfold fez uma apresentação de tirar o chapéu. O cenário estava divino, assim como som da banda, cheio de modulações. Destaque para o vocalista, que tem uma técnica suave mesmo quando parte para o gutural, é uma voz diferente e muito gostosa de se ouvir. Destaque ainda para a pirotecnia, que marcou a apresentação do início ao fim. Muita gente não estava botando tanta fé no show destes caras, mas eles realmente detonaram e fizeram uma apresentação ótima, mesmo que as vezes fossem surpreendidos com alguns gritos de "Iron Maiden" vindo da platéia. Na verdade, rolou até uma certa competição entre os fãs do Iron e os da banda, que começaram a gritar "Avenged Sevenfold" assim que os fãs do Maiden começaram a clamar por seus ídolos. O vocalista da Sevenfold até gostou da competição!
Mas quem fechou o palco, o dia, o festival, foi a banda Iron Maiden, com a melhor apresentação de todo o Rock In Rio 2013. Os caras se superaram no palco e fizeram um show tecnicamente perfeito e emocionalmente entregue! Foi perfeito, lindo de se ver e ouvir. A Cidade do Rock estava repleta e, com certeza, foi desta banda o maior público de todo o festival.
Iron usa filminhos, interludes, cores, telão, diversas trocas de roupas do vocalista... e tudo isso é muito, muito característico do pop. Mas os caras são tão fodas que mesmo com todos estes elementos pop eles não perdem a imagem de rock. Também não perdem a imagem máscula que eles têm... na verdade, eles não perdem nada, só ganham. Mais respeito e admiração do público. Agora, fazer isso que eles fazem, não é para qualquer um do metal.
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